desenho, me localizo 1/4

prof. débora bolzsoni

  • trisha brown
  • do vasto vazio à lenda local
  • lewis carroll – the hunting of the snarks
  • henry holiday – illustrator
  • milton santos
  • antônio dias
  • arthur barrio
  • arte povera
  • daniel santiago
  • cildo meireles + piero manzani
  • guilherme vaz
  • luiz alphonsus
  • cildo – pico da neblina
  • grau de discrição
  • mini minimalismo
  • ana medieta

rr – módulo 2 – aula 1

  • não saber
  • o que recebeu e o que se espera desse segundo módulo
  • olhar um trabalho e esqueger que a gente gosta
  • só olhar — é isso que posso fazer
  • propor o problema — lidar com o problema
  • o espaço de silêncio
  • o acompanhamento
  • o mundo da poética X o mundo do fazer
  • da experiência surge um vocabulário
  • livros:
    • matisse: talvez o mais lúcido. eterno conflito entre desenho e cor
    • paulo pasta: lugar de fala de quem faz, com um ponto de vista semelhante ao nosso
    • roberto longhi: breve mas verídica historia da pintura italiana – linha e mancha
    • hans ulrich gumbrecht – Atmosfera, Ambiência, Stimmung
    • ovídio – metamorfoses
      • o estágio de transformação
      • a narrativa para o momento de catarse
      • formulação poética se transforma em pintura
      • contigüidade
      • esse livro é uma maravilha total
    • italo calvino – por que ler os clássicos
  • as linhas da contigüidade
  • como isso —
  • se realizar pintando, ao invés de pintar para se realizar
  • óleo de cártamo na madeira
  • exercício: 3 faixas

aula pp – mostra dos exercícios

  • projeto é teoria
  • intuíção é mais que teoria
  • a construção do espaço pelos valores pictóricos
  • quem vai escolher o caminho? é você!
  • “se você tem medo, já estragou”
  • cezanne: vem vindo, vem vindo, pá!
  • mesmo que seja uma cor só, tem que ter… espírito!
  • a luz vem da relação. não é recriação
  • COR É RELAÇÃO
  • o mundo de mateisse não tem fissuras
  • você percebe… que há uma atitute
  • braque: a ideia é o berço do quadro // a tela apaga a ideia
  • desconfie da imagem
  • bastidor na tela é importante — só a lona vira linguagem. ex. leonilson
  • envultado —
  • gerhard richter: ele crê, mas questiona (abstratos squigee)

curso pp – agnes martin

  • 1912~2004 — 92 anos
  • me reconheço na experiência
  • abstrato, porém minimalista
  • não intelectualização
  • esquizofrenia
  • arte é o lugar da saúde
  • intelecto-mental sujo
  • ego a ser condenado
  • buscava pureza ingenuidade alegria
  • trabalhava com inspiração
  • a inspiração da grade
  • buscava a inocência de uma árvore
  • essa — a grade — é a inspiração dela
  • é tudo, menos frio e vazio
  • há uma inconstância, uma espécie de mão
  • uma espécia de ordem com resquícios da presença da mão
  • alucinações auditivas
  • não tem nada com o real
  • tudo nela que era bonito era contraditório, sem definição.
  • não repintava.
  • krishnamurti
  • ver é um sentimento
  • há sempre algo que escapa do controle
  • desapego mental
  • que aparência tem o amor? o sentimento? é isso a agnes martin
  • sem consciência da beleza e da felicidade não é possível ver arte
  • o tempo dela era outro
  • ver significa fechar os olhos
  • beleza não se vê, se sente
  • ver é um sentimento
  • agnes martin:
    • beleza está na mente
    • a inspiração é um comando
  • em sp, ela ia enlouquecer
  • não é o papel do artista pensar na vida…
  • caminho da rendição — a sua própria mente
  • ser artista é aguentar a derrota
  • am: eu pinto o amor inocente — como um bebê.
  • olhar para dentro para se achar.
  • mira schendel aubda ten certas questões de transcendência religiosa
  • meyer shapiro sobre mondriaan
  • abstração pura
  • sair de si
  • não tem essência, não tem ego
  • ela queria sair disso para o sentimento
  • brice marden também tem ordem e acaso
  • inteligente para burro
  • fácil é complicar. o simples é difícil
  • contato entre individualidade com algo incomensurável
  • nada mais arte/vida que isso
  • silêncio absoluto conversando com o fim do mundo
  • buscando a raíz da felicidade
  • determinação, força, inacreditável
  • perto da agnes martin, tudo parece ficar excessivo
  • cada um recebe de uma maneira
  • corajosa e forte
  • proposta de exercício: pintar sem a tinta branca. sejam honestos!
  • sobre trabalhos de alunos:
  • sua cor está muito mais sofisticada
  • dar consistência
  • você está mais próximo de si
  • revela o fazer e ao mesmo tempo te leva para outro espaço
  • evidenciar seu próprio método
  • quando não é paisagem, acho que ela perde.
  • ambiguidade
  • o espaço pictórico
  • consciência da planaridade
  • a vontade normalmente é de mais
  • que cor é essa?
  • menos óbvio
  • quando vejo paisagem, diminui
  • a vibração já é suficiente
  • soltar… — o quê?!
  • cor é tradução
  • chegar numa paleta como expressão
  • dá para sentir o capricho
  • deleuza: a energia da cor
  • a cor constrói o espaço
  • não tem pureza nesse sentido
  • é e não é arbritário — não é gratuito
  • o jogo passa tempo
  • o jogo como melhor resposta do homem para a arbritariedade da vida

aula pp – philip guston

  • 1913-1980
  • o trabalho encontra eco e não para de aumentar
  • diebenkorn é tudo, menos feio
  • a sobrevivência dele — por quê?
  • o trabalho dele é uma forma aberta
  • a angústia do próprio trabalho
  • convivência com crise desde cedo
  • pai se enforca quando ele tinha 9 anos
  • encenação do real
  • uma alegoria da vida
  • quadros das crianças
  • sem nenhjuma autocomiseração
  • essa é uma boa marca dele
  • pop é imagem
  • 1962: expôs e foi detonado
  • 1980 morte – transição de época para a “nova pintura”
  • CRAPOLA
  • pop também como crapola
  • texto de philip roth // leo steinberg
  • as figuras do final são todos viciados: comem/bebem/fumam
  • completos da mais profunda estupidez
  • pictoricidade
  • ritmo lento dos quadros
  • angústia e claustrofobia
  • texto do david sylvester: parece que ele não entendeu guston
  • frases do guston:
    • a alma não permite o que a mão faz
    • pintura é uma espécia de guerra entre o momento e a atração da memória
  • o peso da intenção é o que se busca
  • busca e angústia transformada em espiritualidade
  • claustrofóbico
  • a tela é o testemunho fiel de que ele é livre
  • alunos:
  • criar outro tempo dentro da tela
  • evocar
  • o trabalho grande tem uma afirmação
  • foi nesta aula que apresentei. vou fazer um outro post dedicado

aula rr – sexta e última aula

  • azul ut
  • aula seguinte: consertar os tons tela morandi
  • essa é a grande questão
  • máximo de atalhos
  • dicas para encurtar o caminho
  • a pintura vai esquentando o sangue, mas não estava presente
  • paleta primeiro
  • o desafio: como concentrar o conhecimento na tela?
  • saber fazer
  • algumas coisas o corpo guarda. a pintura é dessas
  • a gente começou a pintura de uma maneira…
  • retrospectiva exercícios
  • 1º abrindo um ovo
    • o espaço do quadro é o primeiro problema. resolver e encontrar soluções
    • não reinventar a roda
    • aprender a linguagem, nos alfabetizar
    • os bedéis do quadro: as bordas
  • 2ª aula
  • desenho natureza
  • aprofundar as possibilidades do azul da prússia
  • 3ª aula
  • t.s. pura no fundo laranja
  • manchas — colocar e tirar
  • 4ª aula
  • triângulo
  • ganha o mundo com as possibilidades de cor.
  • par cromático + branco
  • tensionar a mão com a tinta
  • pintar não é necessariamente um problema de imagem
  • 5ª aula morandi
    • experienciando a cor num estado vivo.
    • 3 cromáticas
    • provocação: e se usasse outra trinca cromática para fazer o mesmo desenho?
    • cuidado para não ficar brincando de paleta
  • 6ª aula morandi – aprofundar
    • entender que a pintura está viva, ativa
  • fascínio com a descoberta
  • “os meus segredos” (da pintura)
  • ensinar é aprender realmente
  • a gente tem nossas vontades
  • não confundir o como com o por quê
  • quando nada está acontecendo, há um milagre acontecendo
  • nossa inteligência integrada
  • PINTURA
  • tempo natural
  • campo para sustentar questões
  • essas são as grandes questões
  • preparo do espaço
  • assim a arte vira sublime — engloba a vida
  • assim criamos a nossa realidade
  • pintura é reclusão
  • um voto: as simples questões são as grandes questões
  • acertar a cor é retratar nossa relação com o mundo
  • se dê esse direito: escolher a importância de nossas questões
  • cuidado com a procrastinação
  • não análise, porém observar
  • mente agitada precisa de um oposto tão intenso: bastante matéria
  • as artes visuais, no brasil, se tornou um lugar de poder
  • movimento cultural com linguagens artísticas
  • criar um repertório ajuda a analisar
  • quando nomeamos, podemos refletir melhor
  • é preciso pagar tributo com a matéria
  • exposição como marcação de (xxx)
  • no FAZER é que se deve gastar tempo
  • respiração: esse é o tempo natural da vida
  • a pintura é uma grande aliada
  • o grande desafio… o grande barato… é achar como fazer
  • módulo 2
    • o que importa?
    • formar um vocabulário mínimo
    • assim como na técnica, há uma reflexão
    • livro roberto longhi
  • as vezes a gente fica perdido…
  • colocar esse aprender a serviço.
  • propõe sentido
  • reposta do sentido
  • mostrar e refletir
  • dois pés em movimento: fazer e refletir
  • a ideia chega rápido na pintura
  • superar a ideia
  • chamar as ideias
  • mistura cor
    • o certo é:
    • abrir ou fechar
    • esquentar ou esfriar

curso RR – aula 4

  • paleta com amarelo ocre + 2 azuis
  • +- 6 cores de cada lado
  • linha sinuosa: 1º azul ult. 2º azul prússia
  • pinceladas
  • vontade de paisagem
  • van gogh: cada pincelada como valendo a vida
  • não sobra nada
  • arando espaço
  • se amarrar por dentro
  • compensações dentro do próprio quadro
  • não importa que lugar e é …
  • sintonia de tons
  • aprendemos a andar, falar, agir – copiando
  • lampejos que a linguagem te dá
  • meu trabalho é uma busca

pp – de chirico

  • situação italia: futurismo — movimento no cubismo
  • pp: ideia ruim
  • nu descendo a escada do duchamp
  • pintura metafísica: estranho, misterioso, enigma, um presságio qualquer
  • argan: passado glorioso xxxxxx
  • ref carlo carra — questão metafísica
  • ref morandi: metafísica no cotidiano
  • transposição da metafísica para a mesa
  • metafísica:
    • suspensão temporal
    • vazio
    • tempo de morte
    • atemporal
    • tempo que não é eterno mas é imóvel
  • o movimento não é da pintura — vira retórica, ilustrativo
  • vibração das cores, não movimento
  • pollock, de kooning – sismografia da ação do corpo
  • de chirico: mistério laico
    • sua razão de ser é o ser em contradição
  • “e o que hein de amar se não o enigma” – escrito num autorretrato jovem
  • refs de chirico: arnold böcklin / dürer / giotto / piero della francesca / masaccio / nietzsche / schopenhauer
  • a metafísica permeia tudo — desconfiança com o presente, não adesão ao movimento
  • arte está nos lugares mais imprevisíveis
  • “chegou zaratustra para mim”
  • pp:”vocês já tiveram uma revelação? isso é importante, de verdade”
  • convalescência — montanha mágica — retirado do mundo
  • a arte também opera nesse lugar
  • de chirico: “o que ouço, não tem valor. já o que vejo é vivo, e quando fecho os olhos, minha visão fica mais poderosa.”
  • oferecer sensações novas — liberar o pensamento — ver tudo como coisa
  • ref livro: o deserto dos tártaros – inspirado nas pinturas metafísicas
  • a metafísica não tem inconsciente
  • dada mais próximo da metafísica que o surrealismo
  • situação absurda do dada
  • magritte — pp: chato — não há nada mais literário
  • jasper johns — imagem x pintura
  • o principal é que nada faz sentido
  • entropia — olhar para nós mesmos para não cair numa armadilha
  • DÚVIDA! duvide de tudo e todos
  • arte identitária: não tem dúvida, não anda.
  • artista: duvidando e errando do seu trabalho
  • pp: “depois que ví pintura metafísica, me deu um… eixo. fui mais influenciado pelo de chirico a picasso.”
  • volpi — matisse + morandi
  • morandi: o não como força
  • a visão do artista é dentro. não é fora

  • apresentação trabalhos
  • sor:
    • luz — uso da cor e não representação
    • simples, direto
    • menos cerimonioso, mais cotidiano
    • “distraído venceremos” leminski
    • aquela culpa… (cadeira sempre presente)
    • perceba: você está tentando criar uma cerimônia, parece um trono.
    • vai para o mais simples
  • colegas
    • cadê a dúvida?
    • colocar — pôr pôr pôr
    • jogar a seu favor
    • ir num sentido radical
    • paradoxo
    • escolha mais, maior escolha
    • é um não
    • pp sobre obras: “a gente não mede esforço para nossos filhos” — gaste para usar material bom.
    • oscar murillo — “não sei qual é a dele, mas aquilo não é fácil não…”

pp – pisarro

cheguei atrasado na aula… coisas de sp.
perdi a parte de apresentação biográfica do pintor pisarro, mas pude acompanhar os slides e comentários.
pissarro é um pintor que nunca tinha me chamado atenção… aquela coisa de não saber o que olhar. eu só conseguia ver “pintura naturalista do século XIX”. depois da aula consegui entender melhor suas qualidades — ponte entre impressionismo e neoimpressionismo, composições e o jogo de luz.

notas da aula:

  • o que vai além da percepção para sensação?
  • sensação em consciência
  • cezanne
  • fenomenologia
  • sensação — não sentimento
  • sensação — sensibilidade de construção pictórica
  • desapegar que estamos transmitindo
  • sensação visual do mundo – não é senitmento do mundo
  • sensação — traz no cérebro organização
  • no cérebro, entra um esqueleto, uma forma — cubismo
  • mondriaan — unidade autônoma cezanne
  • sensação pela cor
  • stanley whitney “pictoriza” a cor
  • forma pictural equilibrada
  • sensação X sensibilidade
  • quanto mais a gente fecha, mais a gente ganha
  • autonomia de sugerir melhor
  • “céu é separado da terra”
  • aluno: “é difícil imaginar isso” pp: “exatamente! é ver fazendo.”
  • faz toda a tela ao mesmo tempo
  • “socorro, não tô sentindo nada”
  • a gente gosta mais quando imagina que a pessoa faz também gosta
  • preso X solto na pintura
  • quando você escolhe mais, mostra maior liberdade.
  • o contrário, você é escolhido
  • não é espontaneista. há escolha.
  • autonomia da pintura
  • figurativo X abstrato
  • não deixar virar esquema
  • a luz só do papel
  • desenho — não volta a luz
  • a luz pela pintura
  • reabrir o branco com a pintura
  • desenho X pintura
  • a diferença é o tempo
  • desenho é mais instante, o momento
  • pintura: condensação
  • desenho — um traço: eu existo
  • pintura: reabre, condensa

aula 1 com renato rios

chegando em sp e indo direto da rodoviária para o espaço arco para a primeira aula de pintura com renato rios. a proposta do curso é pintura para iniciantes sem a necessidade de ficar preso ao desenho.

tivemos as seguintes propostas

  • gradiente azul: do pigmento ao branco do papel (como estava atrasado, fiz esse correndo)
  • cobrimos uma tela 20×30 com azul da prússia. colocamos todos os exemplos a frente e conversamos sobre as diferenças.
  • pegamos duas telas pré-pintadas com amarelo ocre e vermelho óxido e fizemos gradientes em azul.
  • em seguida, retirando a tinta, fizemos um ovo em uma tela. em outra, a proposta era fazer o maior ovo possível dentro do quadro.
  • o último exercício da aula era fazer o transfer de um desenho do matisse e depois pintá-lo. haviam três opções de desenho: rosto, cisne e uma planta. a ideia era usarmos um desenho pronto para focarmos apenas na pintura.
  • de início, a ideia era reforçar o desenho, empurrando a tinta dos espaços negativos do traço.
  • em seguida, pegamos a tinta pura para criar uma maior dinâmica visual de valores.

gostei muito de como o professor se refere a pintura. seguem as poucas anotações em aula:

  • através do copiar — se liberta
  • não é para ficar obcecado
  • óleo: transparência, velatura
  • a casinha da pintura: o lugar onde a gente não sabe
  • parar e olhar
  • não precisamos cumprir uma meta
  • seguindo os mestres, a gente se liberta de coisas nossas
  • contar com as quinas
  • as maiores forças — os quatro cantos da tela
  • vai de beija-flor — bicando a tela ali, ala…

pintura: prática e reflexão – aula 1

  • pintura de experiência se dá pela prática
  • cuidado com a idea e a sacada
  • entre o planejamento e realização
  • arte: o desconhecido
  • o trabalho se faz fazendo
  • descobrir pintando – a gennte é maior que nós mesmos
  • no intervalo da opacidade é aonde a graça está
  • a virtude da pintura é o erro.
  • suportar essa angústia é a tarefa do artista
  • não há sucesso na arte
  • o artista mais velho tem mais calo, sofre menos
  • picasso: as angústias de cezanne
  • merleau ponty – a dúvida de cézanne
  • qual o caminho aberto por cézanne?
  • cézanne:
    • monet é só olho — santo olho
    • deslocamento do real
    • primeiro olho para mim olhando para a montanha
    • não desenho e pinto – vai junto
    • eu sou a consciência da paisagem que se pensa em mim
  • acumulando / sobrepondo / construindo
  • hoje: muitos tipos de pintura
  • pp ensina uma maneira: construção a partir da experiência
  • é mais rico que a projeção intelectural
  • história galeano – ajudar a ver
  • livros ref:
    • david salle
    • art & fear
  • aquilo que não é dito ou mostrado
  • EVENTO da pintura
  • a arte é muda, mas a gente quer convesar
  • talento para ser melhor ao talento para fazer
  • ir além
  • o que importa é seguir adiante
  • não pare!
  • ir adiante!
  • talento é insistência
  • dúvida e contradição
  • arte e medo
  • ninguém quer um trabalho que ninguém liga
  • a arte vai nascer disso, desse lugar ambíguo, angustiante
  • nunca será igual: a intenção e o resultado
  • tem que ter olho para ver!
  • não desanimem
  • “artistas não saem do lugar enquanto a dor de trabalhar é menor que a dor de ficar parado”
  • “se tudo der certo, o MAM vai até você”
  • a pitura que a gente sonha é a melhor que a gente faz
  • trabalhar no negativo: meio cego – tateando
  • amílcar de castro: o principal problema da arte moderna é a liberdade
  • quanto mais trabaho, mais se chega a si — mais liberdade
  • CAVUCAR – em ressonância e reciprocidade com o mundo
  • PP: certa implicância com a cozinha da pintura
  • ir além da técnica
  • baravelli: se você não corre risco com medo de estragar o trabalho, já está estragado
  • “o tempo daquilo já foi…”
  • você não terá segurança para afirmar o trabalho.
  • quando tiver: honestidade, ética — há segurança
  • não é o medo externo que vai te dar conselho de qualidade
  • assepsia que a reprodução fotográfica traz
  • diferença entre o acabado e o inacabado
  • PULSANTE
  • o medo de fazer vai virando conteúdo
  • ENCARNAÇÃO da PINTURA
  • é tinta – é pincelada
  • o que aparece são as diferenças
  • o eterno conflito entre linha e cor
  • entre em acordo consigo
  • sem escrutínio severo em si mesmo
  • aprenda a gostar do seu ateliê
  • o que os artistas podem ativar/reverberar atualmente
  • é sempre uma referência
  • “eu também quero” — pintura
  • inteligência visual
  • hoje em dia… pintura virando documento — registro
  • pinturas nativas da nigéria
  • stanley whitney
  • sobre silva: “ele deu um jeito” – “tem o presente, tem a lógica do trabalhador”
  • recuperação de um mundo sem fissuras
  • só vamos saber quem a gente é PINTANDO
  • a gente se constrói reciprocamente com a pintura

muito incrível encontrar um desses pássaros do bivar no espaço de aula.
eu como amante dos voadores e pintura, penso sempre nessa série…

  • descobri sobre o curso aleatoriamente no instagram. para ingressar, é pedido um portfolio com pinturas recentes. eu estava passando uma semana em sp na casa de uma amiga e tinha apenas três dias para enviar o pdf. comprei tinta óleo e fiz alguns experimentos em papel… deu certo!
  • recebi a aprovação na segunda-feira, já estava de volta em floripa. para não perder a primeira aula, fiz um bate volta em sp: quarta fiz o curso e quinta fiquei com minha filha.
  • participar do curso me anima mais ainda a estadia em sp no segundo semestre.
  • perderei as próximas duas aulas, enquanto ainda estou de mudança.
  • gostei muito do espaço do curso: projeto marieta. pinturas, bibliotecas, espaço livre!
  • a aula estava cheia, cerca de 50 pessoas.
  • como o grupo de estudos acontece faz tempo, a maioria das pessoas já se conheciam. de pessoas novas ao curso eram umas 5 e eu.
  • em relação aos colegas, grande parte são mulheres com mais experiência (+50).
  • me senti muito bem recebido. na minha experiência, pessoas que pintam são mais sociáveis e divertidas para o diálogo — principalmente num ateliê!

12.08.24

  • recebi email confirmando a minha participação no curso do pp. lá vou eu organizar as coisas para fazer um bate-volta em sp, com viagem de busão de 12h… pela pintura, vale.

ateliê aberto#1 – guache1

@ udesc, com a prof. lampert

  • albers, itten, klee, kandinsky
  • não técnica, mas processo
  • a pintura nasce das ideias e desejos, mas necessita a ação
  • movimento de tradução
  • necessita muito movimento para fazer
  • pensar pictórico
  • tudo passa pela pintura, o raciocínio pictórico
  • estúdio: lugar de estudos
  • saber antes de fazer é a máxima
  • continuidade — resistência
  • 3 dimensões:
    • discursiva
    • educativa
    • política
  • o depois é agora
  • tudo o que um artista faz, parte de uma metáfora
  • tudo é metáfora
  • movimento de tentativa — fazer o que não foi feito é quase impossível
  • expandir noções de pintura
  • movimento de escuta
  • estratégias para pintar em casa
  • contraste
    • buscar desenvolver os contrastes
    • fazer os exercícios com todos os mediums
  • morandi
  • a apreensão do olhar
  • tempo de apreensão
  • escolher, depurar, traduzir
  • a pintura acontece antes:
    • a ideia
    • na palheta
  • artista que se inspirou em morandi
  • colecionar, montagem, tradução, colheita
  • como acessar, organizar (seu próprio arquivo)
  • tempo + espaço
  • tons pastéis
  • temperatura luz
  • claro escuro
  • harmonia pelo contraste
  • aquilo que estamos vendo não é necessariamente aquilo que fazemos
  • coisas que não existem: metáforas
  • a pintura não representa, ela apresenta
  • desafio: sair do exercício para o problema
  • enquadrar o olhar
  • equilíbrio cromático, de formas
  • eu encontro minha harmonia quando encontro meu oposto
  • pintura — mental, porém prática, laboro
  • a natureza sempre presente
  • circulo cromático que se move

7.5.22 aula com malta campos

  • (class) AMC – 1° encontro
  • aluna: “enquanto estava brincando, estava legal. depois travei”
  • “eu nunca fiz o que imaginei fazer”
  • workshop – trabalhar junto
  • mitura entre fazer e conversar
  • “pode parecer que sou consagrado”
  • história colégio equipe
  • volta a pintura nos anos 80
  • “já estava esquecido”
  • redescoberta no ano 2012
  • buscar instituições e expor — a partir daí, a galeria te procura
  • 2012 — trabalho acumulado
  • final dos 90 aos 2000’s — acumulando
  • sentar para o cafézinho no ccsp — momento chave
  • exposição pangea
  • misturinhas — site
  • “vou mandar email para todo mundo”
  • bienal 2016
  • arte contemporânea – muito política
  • anos 80 – despolitização
  • anos 70 – totalmente politizada — ditadura militar – artes plásticas = outsider
  • meu trabalho pode ser pensado politicamente
  • espero que sim, pois sou politizado
  • o ateliê do artista vira fetiche
  • outsider de tudo — é muito sofrido, é muito difícil
  • a gente nunca sabe o que fazer
  • dalton paula / maxwell alexandre
  • determinada atitude para desbloquear, para trabalhar
  • as inversões me ajudam
  • começar: faça bastante
  • a nuvem da história da arte está sobre nossas cabeças
  • rancière – a partilha do sensível
  • pintura como imagem que traz alguma coisa — picasso, klee, miró, matisse
  • o que sobra é a vontade de pintar — porque é gostoso
  • sem raciocínio que pode confortar – desconstruir a história e estar nem aí
  • gall. carbobo: trabalhos ipad
  • desconstruir a técnica

vincent carelli – um novo olhar (2020)

vincent carelli – um novo olhar
live 19.11.2020 CEDIPP – DIVERSITAS FFLCH – ECA / USP

anotações:

  • um novo olhar
  • “ninguém visita impune uma aldeia indígena” – darcy ribeiro citado por carelli
  • não fui para ensinar, fui para aprender
  • alcoolismo e fome
  • sem fartura, não há festa. sem festa, não há sociabilidade.
  • criação CTI – centro de trabalho indigenista
  • é claro que o dinheiro era para financiar festa
  • disputa entre indigenista e antropólogo é um clássico
    35:00
  • ref Andrea Tonnacci
  • os probleminhas de sempre “madeira, ouro, minério”
  • com a camera de video, os índios tomaram a frente
  • Álvoro Tukano — denuncia os salesianos na holanda. muito importante
    41:30
  • “uma camera na mão e nenhuma ideia na cabeça” — vincent carelli — jogo com a célebre frase do glauber rocha.
  • inspiração na escola do jean rouch — ateliers varan — irmãos blanchet
  • aprendizado coletivo: assistir juntos o que cada um filmou, aprendendo com acertos e erros.
  • competição sadia
  • dinâmica do coletivo
  • não faço roteiro!
  • sou anti-roteiro, anti-cartilha
  • cinema de observação
  • desconstrução do modelinho de televisão
  • sem entrevista
  • um pouco coutinho, você vai na onda da pessoa
  • a escuta
  • o roteiro é negativo no processo de cinema mais direto
  • o imprevisto é sempre mais genial
  • atenção, observação, paciência
  • é proibido zoom e tripé
  • você quer um close, chegue mais perto. tem que construir a relação
  • só com essas orientações básicas, a coisa acontece
  • o filme se faz com a sinergia coletiva
  • muito jogo de cintura, muita diplomacia
  • questão de dinheiro sempre aparece, mas a grande virada é sempre o primeiro filme
  • digital melhorou muito. montar, traduzir e exibir na aldeia
    53:00
  • o grande segredo é a forma como você se coloca na aldeia
  • a cartilha é essa, o resto eles dão
  • se você estiver escuta e dar corda, é fantástico
    1h08m00
  • meu sonho é ter um arquivo e dar uma senha para cada etnia.
    1h21m00
  • infelizmente não podemos confiar em organizações governamentais nesse país
    1h28m
  • eu pensei que não tinha pior condição que os guaraní-kayowaa. porém Ujire é um soco no estômago.
    1h31m
  • evangelicos…
  • é tudo reflexo dessa nossa crise civilizatória, desse capitalismo selvagem
  • acolhimento: as religiões vivem disso. a esquerda não disponibiliza isso.
  • ficção para indígenas: experimento segredos da mata — parece um teatro japonês
    1h36m
  • sobre filme huni kuin
  • cada aldeia é um centro de mundo — frase de vincent que virou o título do arquivo, sugerido por marilia librandi
  • sergio bairon: teorizar e ir ao campo não dá! tem que emergir e construir as questões centrais juntos. inclusive em função deles, dos nossos parceiros e companheiros de pesquisa.