desenho, me localizo 1/4

prof. débora bolzsoni

  • trisha brown
  • do vasto vazio à lenda local
  • lewis carroll – the hunting of the snarks
  • henry holiday – illustrator
  • milton santos
  • antônio dias
  • arthur barrio
  • arte povera
  • daniel santiago
  • cildo meireles + piero manzani
  • guilherme vaz
  • luiz alphonsus
  • cildo – pico da neblina
  • grau de discrição
  • mini minimalismo
  • ana medieta

rr – módulo 2 – aula 1

  • não saber
  • o que recebeu e o que se espera desse segundo módulo
  • olhar um trabalho e esqueger que a gente gosta
  • só olhar — é isso que posso fazer
  • propor o problema — lidar com o problema
  • o espaço de silêncio
  • o acompanhamento
  • o mundo da poética X o mundo do fazer
  • da experiência surge um vocabulário
  • livros:
    • matisse: talvez o mais lúcido. eterno conflito entre desenho e cor
    • paulo pasta: lugar de fala de quem faz, com um ponto de vista semelhante ao nosso
    • roberto longhi: breve mas verídica historia da pintura italiana – linha e mancha
    • hans ulrich gumbrecht – Atmosfera, Ambiência, Stimmung
    • ovídio – metamorfoses
      • o estágio de transformação
      • a narrativa para o momento de catarse
      • formulação poética se transforma em pintura
      • contigüidade
      • esse livro é uma maravilha total
    • italo calvino – por que ler os clássicos
  • as linhas da contigüidade
  • como isso —
  • se realizar pintando, ao invés de pintar para se realizar
  • óleo de cártamo na madeira
  • exercício: 3 faixas

aula pp – philip guston

  • 1913-1980
  • o trabalho encontra eco e não para de aumentar
  • diebenkorn é tudo, menos feio
  • a sobrevivência dele — por quê?
  • o trabalho dele é uma forma aberta
  • a angústia do próprio trabalho
  • convivência com crise desde cedo
  • pai se enforca quando ele tinha 9 anos
  • encenação do real
  • uma alegoria da vida
  • quadros das crianças
  • sem nenhjuma autocomiseração
  • essa é uma boa marca dele
  • pop é imagem
  • 1962: expôs e foi detonado
  • 1980 morte – transição de época para a “nova pintura”
  • CRAPOLA
  • pop também como crapola
  • texto de philip roth // leo steinberg
  • as figuras do final são todos viciados: comem/bebem/fumam
  • completos da mais profunda estupidez
  • pictoricidade
  • ritmo lento dos quadros
  • angústia e claustrofobia
  • texto do david sylvester: parece que ele não entendeu guston
  • frases do guston:
    • a alma não permite o que a mão faz
    • pintura é uma espécia de guerra entre o momento e a atração da memória
  • o peso da intenção é o que se busca
  • busca e angústia transformada em espiritualidade
  • claustrofóbico
  • a tela é o testemunho fiel de que ele é livre
  • alunos:
  • criar outro tempo dentro da tela
  • evocar
  • o trabalho grande tem uma afirmação
  • foi nesta aula que apresentei. vou fazer um outro post dedicado

aula rr – sexta e última aula

  • azul ut
  • aula seguinte: consertar os tons tela morandi
  • essa é a grande questão
  • máximo de atalhos
  • dicas para encurtar o caminho
  • a pintura vai esquentando o sangue, mas não estava presente
  • paleta primeiro
  • o desafio: como concentrar o conhecimento na tela?
  • saber fazer
  • algumas coisas o corpo guarda. a pintura é dessas
  • a gente começou a pintura de uma maneira…
  • retrospectiva exercícios
  • 1º abrindo um ovo
    • o espaço do quadro é o primeiro problema. resolver e encontrar soluções
    • não reinventar a roda
    • aprender a linguagem, nos alfabetizar
    • os bedéis do quadro: as bordas
  • 2ª aula
  • desenho natureza
  • aprofundar as possibilidades do azul da prússia
  • 3ª aula
  • t.s. pura no fundo laranja
  • manchas — colocar e tirar
  • 4ª aula
  • triângulo
  • ganha o mundo com as possibilidades de cor.
  • par cromático + branco
  • tensionar a mão com a tinta
  • pintar não é necessariamente um problema de imagem
  • 5ª aula morandi
    • experienciando a cor num estado vivo.
    • 3 cromáticas
    • provocação: e se usasse outra trinca cromática para fazer o mesmo desenho?
    • cuidado para não ficar brincando de paleta
  • 6ª aula morandi – aprofundar
    • entender que a pintura está viva, ativa
  • fascínio com a descoberta
  • “os meus segredos” (da pintura)
  • ensinar é aprender realmente
  • a gente tem nossas vontades
  • não confundir o como com o por quê
  • quando nada está acontecendo, há um milagre acontecendo
  • nossa inteligência integrada
  • PINTURA
  • tempo natural
  • campo para sustentar questões
  • essas são as grandes questões
  • preparo do espaço
  • assim a arte vira sublime — engloba a vida
  • assim criamos a nossa realidade
  • pintura é reclusão
  • um voto: as simples questões são as grandes questões
  • acertar a cor é retratar nossa relação com o mundo
  • se dê esse direito: escolher a importância de nossas questões
  • cuidado com a procrastinação
  • não análise, porém observar
  • mente agitada precisa de um oposto tão intenso: bastante matéria
  • as artes visuais, no brasil, se tornou um lugar de poder
  • movimento cultural com linguagens artísticas
  • criar um repertório ajuda a analisar
  • quando nomeamos, podemos refletir melhor
  • é preciso pagar tributo com a matéria
  • exposição como marcação de (xxx)
  • no FAZER é que se deve gastar tempo
  • respiração: esse é o tempo natural da vida
  • a pintura é uma grande aliada
  • o grande desafio… o grande barato… é achar como fazer
  • módulo 2
    • o que importa?
    • formar um vocabulário mínimo
    • assim como na técnica, há uma reflexão
    • livro roberto longhi
  • as vezes a gente fica perdido…
  • colocar esse aprender a serviço.
  • propõe sentido
  • reposta do sentido
  • mostrar e refletir
  • dois pés em movimento: fazer e refletir
  • a ideia chega rápido na pintura
  • superar a ideia
  • chamar as ideias
  • mistura cor
    • o certo é:
    • abrir ou fechar
    • esquentar ou esfriar

curso RR – aula 4

  • paleta com amarelo ocre + 2 azuis
  • +- 6 cores de cada lado
  • linha sinuosa: 1º azul ult. 2º azul prússia
  • pinceladas
  • vontade de paisagem
  • van gogh: cada pincelada como valendo a vida
  • não sobra nada
  • arando espaço
  • se amarrar por dentro
  • compensações dentro do próprio quadro
  • não importa que lugar e é …
  • sintonia de tons
  • aprendemos a andar, falar, agir – copiando
  • lampejos que a linguagem te dá
  • meu trabalho é uma busca

pp – de chirico

  • situação italia: futurismo — movimento no cubismo
  • pp: ideia ruim
  • nu descendo a escada do duchamp
  • pintura metafísica: estranho, misterioso, enigma, um presságio qualquer
  • argan: passado glorioso xxxxxx
  • ref carlo carra — questão metafísica
  • ref morandi: metafísica no cotidiano
  • transposição da metafísica para a mesa
  • metafísica:
    • suspensão temporal
    • vazio
    • tempo de morte
    • atemporal
    • tempo que não é eterno mas é imóvel
  • o movimento não é da pintura — vira retórica, ilustrativo
  • vibração das cores, não movimento
  • pollock, de kooning – sismografia da ação do corpo
  • de chirico: mistério laico
    • sua razão de ser é o ser em contradição
  • “e o que hein de amar se não o enigma” – escrito num autorretrato jovem
  • refs de chirico: arnold böcklin / dürer / giotto / piero della francesca / masaccio / nietzsche / schopenhauer
  • a metafísica permeia tudo — desconfiança com o presente, não adesão ao movimento
  • arte está nos lugares mais imprevisíveis
  • “chegou zaratustra para mim”
  • pp:”vocês já tiveram uma revelação? isso é importante, de verdade”
  • convalescência — montanha mágica — retirado do mundo
  • a arte também opera nesse lugar
  • de chirico: “o que ouço, não tem valor. já o que vejo é vivo, e quando fecho os olhos, minha visão fica mais poderosa.”
  • oferecer sensações novas — liberar o pensamento — ver tudo como coisa
  • ref livro: o deserto dos tártaros – inspirado nas pinturas metafísicas
  • a metafísica não tem inconsciente
  • dada mais próximo da metafísica que o surrealismo
  • situação absurda do dada
  • magritte — pp: chato — não há nada mais literário
  • jasper johns — imagem x pintura
  • o principal é que nada faz sentido
  • entropia — olhar para nós mesmos para não cair numa armadilha
  • DÚVIDA! duvide de tudo e todos
  • arte identitária: não tem dúvida, não anda.
  • artista: duvidando e errando do seu trabalho
  • pp: “depois que ví pintura metafísica, me deu um… eixo. fui mais influenciado pelo de chirico a picasso.”
  • volpi — matisse + morandi
  • morandi: o não como força
  • a visão do artista é dentro. não é fora

  • apresentação trabalhos
  • sor:
    • luz — uso da cor e não representação
    • simples, direto
    • menos cerimonioso, mais cotidiano
    • “distraído venceremos” leminski
    • aquela culpa… (cadeira sempre presente)
    • perceba: você está tentando criar uma cerimônia, parece um trono.
    • vai para o mais simples
  • colegas
    • cadê a dúvida?
    • colocar — pôr pôr pôr
    • jogar a seu favor
    • ir num sentido radical
    • paradoxo
    • escolha mais, maior escolha
    • é um não
    • pp sobre obras: “a gente não mede esforço para nossos filhos” — gaste para usar material bom.
    • oscar murillo — “não sei qual é a dele, mas aquilo não é fácil não…”

06.09.24

ontem passei mal durante toda a noite. vômitos e incessantes idas ao banheiro. senti uma dor tremenda na cabeça e no corpo. foi muito intenso. no meio da madruga, num dos picos do desconforto, pensei: como ocupar o espaço, inclusive do próprio corpo? já que não está bom, o que fazer?

ainda estou com dor de cabeça e cansado, hoje fiquei na cama praticamente todo o dia.


fiz o exercício de gradientes da aula do renato rios. dá para perceber que fiz de um modo “meio rústico”, em cima da cama, sem uma superfície adquada… mas tava com uma vontade danada de começar a pintar… melhor feito que perfeito…

alguma coisa surgirá dessas pinturinhas…

chegada sp

03.09.24

  • ônibus atrasou, normal.
  • entrei no uber, o carro pifou. o motorista dizia: “isso tá errado, não era para não funcionar.”
  • “ninguém planeja para o carro quebrar” pensei.
  • cheguei na correria para a primeira aula (de seis) com o pintor renato reis. depois transcrevo algumas anotações em classe. gostei muito da forma como ele trata o diálogo sobre pintura.
  • achei que tinha perdido meu caderno de anotações. meu coração teve que praticar fortemente o desapego, além de usar o recurso de pensamentos como “se as anotações foram embora, fica a essência”. essas coisas que nós contamos a nós mesmos…
  • encontrei o caderninho e senti graça.
  • fui para o apto que ficarei temporariamente em sp. perfeito para esse momento.
  • depois fui ver minha filha. minha maior força e alegria compartilhada.

04.04.24

  • acordar com a bebê é festa total. energia ligada em alta vibração desde o despertar.
  • fomos passear no parque. cedinho tava fresco, mas tá quente em sp!
  • sobre a temperatura da cidade: até semana passada, estava com uma onda de frio absurda. eu não me atualizei nesses últimos dias e não sabia que o clima havia virado e que estava tão quente assim. tipo 25ºc. eu não usava bermuda há meses em floripa.
  • consegui voltar pro apto e desfazer minha mala.
  • a tarde, encontro uma pessoa para conversar sobre arte, desenho e a vida.
  • aula com o pintor paulo pasta… cheguei atrasado, pq a conversa tava boa. o artista comentado na aula foi o pisarro e depois três colegas apresentaram seus trabalhos. depois escreverei mais sobre essa aula.
  • na volta, caminhei com um colega de aula até o metro. tivemos uma conversa rápida e engraçada, a ponto dele perguntar se eu tinha algum diagnóstico mental. mas foi com todo respeito, do tipo “hm, você tem algum… sabe… algum grau de…” eu fui sincero e respondi que diagnosticado não fui, mas que já consultei psiquatra e psicólogo. isso faz um link com uma conversa que tive mais cedo com a mãe da minha filha: você é louco, ela me acusou novamente. respondi apenas com um “eu sei”, mas na minha cabeça passou “o passado me mostra que isso é uma conclusão óbvia” mas achei que era muito longa e teria que explicar… e pq eu desejo o bem estar das pessoas.

pintura: prática e reflexão – aula 1

  • pintura de experiência se dá pela prática
  • cuidado com a idea e a sacada
  • entre o planejamento e realização
  • arte: o desconhecido
  • o trabalho se faz fazendo
  • descobrir pintando – a gennte é maior que nós mesmos
  • no intervalo da opacidade é aonde a graça está
  • a virtude da pintura é o erro.
  • suportar essa angústia é a tarefa do artista
  • não há sucesso na arte
  • o artista mais velho tem mais calo, sofre menos
  • picasso: as angústias de cezanne
  • merleau ponty – a dúvida de cézanne
  • qual o caminho aberto por cézanne?
  • cézanne:
    • monet é só olho — santo olho
    • deslocamento do real
    • primeiro olho para mim olhando para a montanha
    • não desenho e pinto – vai junto
    • eu sou a consciência da paisagem que se pensa em mim
  • acumulando / sobrepondo / construindo
  • hoje: muitos tipos de pintura
  • pp ensina uma maneira: construção a partir da experiência
  • é mais rico que a projeção intelectural
  • história galeano – ajudar a ver
  • livros ref:
    • david salle
    • art & fear
  • aquilo que não é dito ou mostrado
  • EVENTO da pintura
  • a arte é muda, mas a gente quer convesar
  • talento para ser melhor ao talento para fazer
  • ir além
  • o que importa é seguir adiante
  • não pare!
  • ir adiante!
  • talento é insistência
  • dúvida e contradição
  • arte e medo
  • ninguém quer um trabalho que ninguém liga
  • a arte vai nascer disso, desse lugar ambíguo, angustiante
  • nunca será igual: a intenção e o resultado
  • tem que ter olho para ver!
  • não desanimem
  • “artistas não saem do lugar enquanto a dor de trabalhar é menor que a dor de ficar parado”
  • “se tudo der certo, o MAM vai até você”
  • a pitura que a gente sonha é a melhor que a gente faz
  • trabalhar no negativo: meio cego – tateando
  • amílcar de castro: o principal problema da arte moderna é a liberdade
  • quanto mais trabaho, mais se chega a si — mais liberdade
  • CAVUCAR – em ressonância e reciprocidade com o mundo
  • PP: certa implicância com a cozinha da pintura
  • ir além da técnica
  • baravelli: se você não corre risco com medo de estragar o trabalho, já está estragado
  • “o tempo daquilo já foi…”
  • você não terá segurança para afirmar o trabalho.
  • quando tiver: honestidade, ética — há segurança
  • não é o medo externo que vai te dar conselho de qualidade
  • assepsia que a reprodução fotográfica traz
  • diferença entre o acabado e o inacabado
  • PULSANTE
  • o medo de fazer vai virando conteúdo
  • ENCARNAÇÃO da PINTURA
  • é tinta – é pincelada
  • o que aparece são as diferenças
  • o eterno conflito entre linha e cor
  • entre em acordo consigo
  • sem escrutínio severo em si mesmo
  • aprenda a gostar do seu ateliê
  • o que os artistas podem ativar/reverberar atualmente
  • é sempre uma referência
  • “eu também quero” — pintura
  • inteligência visual
  • hoje em dia… pintura virando documento — registro
  • pinturas nativas da nigéria
  • stanley whitney
  • sobre silva: “ele deu um jeito” – “tem o presente, tem a lógica do trabalhador”
  • recuperação de um mundo sem fissuras
  • só vamos saber quem a gente é PINTANDO
  • a gente se constrói reciprocamente com a pintura

muito incrível encontrar um desses pássaros do bivar no espaço de aula.
eu como amante dos voadores e pintura, penso sempre nessa série…

  • descobri sobre o curso aleatoriamente no instagram. para ingressar, é pedido um portfolio com pinturas recentes. eu estava passando uma semana em sp na casa de uma amiga e tinha apenas três dias para enviar o pdf. comprei tinta óleo e fiz alguns experimentos em papel… deu certo!
  • recebi a aprovação na segunda-feira, já estava de volta em floripa. para não perder a primeira aula, fiz um bate volta em sp: quarta fiz o curso e quinta fiquei com minha filha.
  • participar do curso me anima mais ainda a estadia em sp no segundo semestre.
  • perderei as próximas duas aulas, enquanto ainda estou de mudança.
  • gostei muito do espaço do curso: projeto marieta. pinturas, bibliotecas, espaço livre!
  • a aula estava cheia, cerca de 50 pessoas.
  • como o grupo de estudos acontece faz tempo, a maioria das pessoas já se conheciam. de pessoas novas ao curso eram umas 5 e eu.
  • em relação aos colegas, grande parte são mulheres com mais experiência (+50).
  • me senti muito bem recebido. na minha experiência, pessoas que pintam são mais sociáveis e divertidas para o diálogo — principalmente num ateliê!