retorno do acre — primeira semana no cafofo

30.09.21

29.09.21

28.09.21

27.09.21

  • Manuela Carneiro da Cunha – Live Ubu 5 Anos (2021)
    Grande mestre e professora, referência máxima nos direitos dos povos indígenas brasileiros. Grande inspiração, a escuto, aprendo e lamento com o as barbaridades que a espécie humana lida consigo mesma. Sou grato e celebro o trabalho da professora Manuela.

26.09.21

  • Bruno Dunley, Ana Prata, Leda Catunda, Rodrigo Andrade, Cadu e +1 – Outra conversa – no livro do Bruno Dunley
    Tão bom acompanhar conversas sobre pintura com pintores. Sem nenhuma referência, visualmente suas telas já me atraíam porém ao ler as conversas no livro, percebi que seu trabalho tem uma pesquisa muito mais profunda que eu nem imaginava. Acredito que eu não tinha repertório suficiente para perceber essa profundidade — e digo isso sem nenhum problema, pois aquilo que era bom ficou melhor ainda.

    Descobrir mais sobre os caminhos da produção e pesquisa de uma obra expandem as possibilidades de apreciação.
    Sinto que é um movimento normal: quão mais se estuda, maiores as possibilidades de troca.

    O conhecimento expande a possibilidade de contato — e o movimento é sempre múltiplo — da obra para mim, de mim para a obra, da presença entre nós.

    Há alguns anos, eu vivia com o preconceito ingênuo/ignorante: artista bom são apenas os mestres das gerações passadas. Ideia tão pequenina que me fechou diversas possibilidades. Hoje continuo a admirar e aprender com os antigos, mas celebro a produção de obras do nosso tempo.
  • Paulo Pasta – Bate-Papo (2021)
    Segunda live que assisto desse canal. Que boa surpresa! Sinto que o Paulo Pasta, mesmo com toda sua erudição, é um guia para a pintura. É sempre um prazer escutá-lo, traz uma força inspiradora para seguir.

25.09.21

  • Spring Cannot Be Cancelled (2021) by David Hockney and Martin Gayford
    Just finished this book. It is a delight to read Hockney’s words and thoughts. Inevitable not to hear his voice while reading his dialogues. With him, i always get inspired about art and life, being present and working.
    I also get inspired about working with different mediums, including digital. The pleasure of seeing and creating art.
  • David Hockney – Picasso: Important Paintings of the 1960s – Guggenheim Audio Archive – 1984
    arrived at this talk because it is referenced in hockney’s book. amazing lecture about picasso and his ways of creating. to listen to an artist talk about another artist is pure pleasure. even more hockney about picasso.
  • John Richardson – Picassso: Catch in the Late Work – 1984
    well, arrived at this talk because of the other talk… it ain’t never enough to listen to anyone that was close to picasso. i yet didn’t read richardson’s picasso’s biography, but someday i shall.
  • Jack Whitten – Modern Art Notes Podcast – 2013
    i’m just starting to learn more about jack whitten. i’m impressed by the range of his work and i’ll surely study more about his life and methods. my desire is to celebrate all artists whose devotion to creation made me enlarge my own world view. he is one of the boys — to use an expression i’ve seen whitten refer to.
  • Sergio Fingermann – Aula Inaugural – Curso
    Acompanho as lives sobre arte e artistas do Sergio Fingermann. Sei da importância desse professor para divers@s artistas do circuito paulista. Resolvi me inscrever para o curso online que ele vem trabalhando. Acredito que o conteúdo em si do curso pode ser valioso, mas não tenho muita paciência para os encontros digitais via zoom. Principalmente quando há muitas pessoas. Há sempre aquelas que desejam se expressar excessivamente, as vezes mais que o próprio professor. Fico me perguntando se algum dia fui assim e infelizmente acredito que sim. Aprendo muito com os outros. Decido ficar calado. Na segunda será liberado o primeiro módulo e terei a oportunidade de decidir se continuo ou não com o curso. O investimento é alto para o meu atual momento, então precisa ser algo que realmente acredito no valor.

24.09.21

09h25 tentarei fazer algo novo. estou escrevendo offline e em algum momento quando conectar, esses novos textos irão para o blog.

23.09.2021

  • Henfil (2017) direção:
    cheguei nesse documentário sem muito conhecer o henfil. ví algumas tiras dele em alguns livros do pasquim e compilados de humor, além de saber que na biblioteca do centro cultural, há uma seção com seu nome.
    Gostei de descobrir um pouco mais sobre alguém que marcou outra geração brasileira. A importância da alegria – e sua busca. Henfil experimentava e brincava com os meios, o importante era a transmissão de pensamentos e ideias.

  • Jed Perl on Calder+ Jo Steffens (e318) – The Modern Art Podcast – 2017
    Arrumar o cafofo escutando podcast de arte é uma das alegrias da vida. Jed Perl escreveu uma gigante e pesada biografia sobre o Calder em dois volumes. Algum dia irei lê-la. Enquanto isso, escuto algumas pérolas sobre esse artista da leveza e alegria.

22.09.2021

  • Ana Prata – Bate-papo (2021)
    É um deleite escutar uma conversa sobre pintura em português. Venho descobrindo o trabalho da Ana Prata e escutá-la tão eloquente sobre seu trabalho me inspira a querer pintar e pintar. Acredito que o sinto ao ver suas pinturas é uma sensação na mesma direção que alguém contemporâneo de Matisse sentia ao ver suas novas pinturas: suspensão, encanto, alegria. Isso, eu com toda minha ingenuidade, afirmo.
    É a primeira conversa que assisto desse canal de advocacia (!) que tem outros pintores e artistas de outras áreas. Simpatizo com a arte se esparramando, traz novos ares e perspectivas.
  • Francis Picabia – The Modern Art Podcast – 2017
    inspiração

  • (d) Gary Hume // Tracey Emin – The Eye (2004)

  • Terry Winters – Notes on Drawing – The Menil Collection – 2018
    As possibilidades do desenho.

junho cafofo

26.06.2021@cafoficina

  • o problema é como entrar no modo trabalho o mais rápido possível. penso: nunca sair dele. mas com o mundo de fora chamando, a demanda torna a concentração mais árdua. apaguei o instagram do celular. é besta, mas sinto que é um problema real.
  • i definitely do not want to stop working. keep on going, no matter what.
  • i don’t see any other way to be in a creative mode other than close into myself. at least for now.
  • vivo um problema de brasileiro complexado: não se deve escrever em inglês para honrar a língua natal. aí penso em várias comunidades indígenas, que aprendem outras línguas para melhor se comunicarem com o mundo de fora…
  • e é
  • início da criação de um texto… acumulador digital.
  • preparação para viagem sp.

19.06.2021@a’s asa

04h37 começa a fazer mais sentido as coisas. a lógica é criar projetos e os trabalhos adentrarem a eles.


14.06.2021

retorno ao ateliê.

11.01.2021

11.01.2021 

10h13 é interessante perceber que depois de ligar, é importante trabalhar para manter a força lá em cima. lá em cima é apenas uma forma de expressão. poderia chamar de ligado, potente, a todo vapor, sai da frente que o bicho tá doido.

11h06 

é tão importante simplificar… ou melhor: é tão importante não complicar…

11h57

tudo em alegria fica bem melhor.


10.01.2021

20h41
fiz hoje uma foto com alguns trabalhos desses últimos dias.
terminei de assistir o maestro do wajda.


08.01.2021
meditação da morte
####
o prazer de se criar


06.01.2021
assisti a uma live incrível sobre bandos.
vem num momento perfeito…

03.11.2020

06h40 despertar

08h02 leitura victor hugo – a lua


12h27

recebi essa resposta da panda:

 

me identifico, eu também quero a lua!
(e por que não?)
mas gosto também de querer as formiguinhas e os ciscos que moram no chão.
quando preciso me diminuir para alcançar, agachar ou inventar uma delicada pinça com os dedos para senti-los, porque é frágil, me sinto tão pequena como eles.
tão curiosos e aleatórios, espalhadas por ali.
você já pensou sobre como vieram parar ali?
sobre como um passarinho cai de seu ninho?

e a lua, lá.
distante, branca, amarela, meia, cheia ou não.
eu vejo uma semelhança entre a lua e os seres que habitam o chão:
(estou falando sobre os mesmos seres que Manoel tanto vê)
lua e cisco, sempre causam uma impressão de potência, tanto faz se para maior ou menor.

jogando com as perspectivas, pensei:
tão grande como a lua, porque eu a vejo, a conheço e quero.
declaradamente vista, se as nuvens e prédios permitirem, é claro.
ela está.

e o cisco, ali.
devagar, dele e desinteressado do mundo.
tão pequeno como nada, mas que só pode ser visto por quem é tão pequeno como ele.
um olho concentrado, uma palma de mão e a pinça de dedos.
um som de passarinho, um casulo ou um furo.
o que enxerga o ser que habita o chão, é o meu lado miúdo; as vezes, menor que ele, quando me sinto intimidada.

nunca menor do que a lua, e nunca maior do que o cisco do chão.
não para medir grandezas, mas para ser inteira, reconhecendo os nossos vários tamanhos e alcances.
lá e ali.


21.08.20

08h52

— vamos morar num sítio e criar algumas coisas para viver?
— sim! o que vamos criar?
— obras de arte.


14h56

meu primo pedro me desenhou. achei incrível! desenhei ele de volta.


15h19


caminhar para chegar aqui mesmo.


17h: pilates

 

20.08.20

09h14

cada um tem a pirâmide que lhe pertence.
cada um tem a forma que lhe pertence, soa mais democrático.


escutando o podcast do wolfgang tillmans no talk art:
“se uma coisa é importante, todas as outras podem ser”
“everything matters and everything can be celebrated”
“potentially everything can matter – there’s no hierarchy”


tá um frio danado. coisa boa.


11h20

em uma conversa, luan e eu chegamos a um combinado: toda vez que o papo sai dos trilhos, fica chato ou perdido, um de nós pode sugerir: shoga. se o outro aceita, ficamos em silêncio até um novo assunto aparecer.

shoga é gengibre em japonês. na culinária nipônica, é usado para “zerar” o paladar antes de apreciarmos o alimento-arte.

usar shoga também na conversa dá a chance de usar o tempo de uma maneira mais consciente. recomendo. assim como na alimentação, o shoga é usado moderação. na conversa, não é um “cala a boca do outro”. se é proposto e aceito, é adequado. exige sintonia entre os usuários.

estamos em quarentena há quase cinco meses. sushi vez e outro eu peço aqui em casa, mas faz tempo que não uso shoga numa conversa…


17h – aula de violão

19.08.2020

09:29
ontem foi um dia um pouco esquisito, mas sobrevivemos. acordei cedo hoje, ia caminhar mas está muito frio na ilha. fiz alguns desenhos da gata glória.


se eu assumir que não sei, as coisas ficam mais simples. afinal, não sei mesmo.


12h30

é possível eu fazer 11,402 desenhos? esse é o número de dias desde que nasci… acho que não consigo para hoje, mas vou tentar… até o final do ano?

sem pressão, esquece tudo isso porque quantidade não é qualidade. mas trabalhe!!!!


15h46

antes eu fazia desenho de qualquer coisa… agora gostaria de mudar. colocar um pouco de pensamento no trabalho também.


18h58

acesso.

ponto

 


a noite assistí ao filme alemão lommbock. acabei dormindo no meio, mas gostei… esse filme é uma sequência. o primeiro guardo com boas memórias, assisti quando tinha uns 21 anos, com amigos de berlin.

a força da árvore

hoje decidi adicionar mestisso ao meu nome. também encontrei uma forma para pintar: a força da árvore.

escolhi um adjetivo que foi apelido de infância. engraçado pensar que desejo marcar esse novo momento com um nome antigo, mas cada vez mais simpatizo e me identifico com essa ideia. a grafia é assim mesmo, com dois s. acho mais sensual.

tenho também nome yawanawá dado pelo cacique nani: shane kene uisian, que abreviei apenas como sku. desenhista escritor do coração (pássaro) azul, mas essa é outra história…

 

 

dia da luvinha

hoje, um bom dia.

pela manhã, fiz alguns desenhos junto com o workshop do grupo corpo. ia assistir e acompanhar ativamente com o remelexo, mas os corpos inspiraram a mão para o desenho. é vontade grande desenhar a dança e desenhar dançando…

tudo é experimento, prática.

seres, bichos, formas humanas. contato.

lá pro meio da tarde, finalmente fui estrear o ateliê. ainda está uma bagunça que só, mas deu vontade de usar pincel e tinta. e deixar de enrolar…

comecei uma pintura que faz algum tempo que sonho: regentag, o barco do hundertwasser. pela beleza, inspiração, mar e a natureza. enquanto eu trabalhava nesse azul céu oceano, escuto macacos bem perto. primeiro dia no novo ateliê, vista nova dos macacos. a foto não faz jus, mas tudo bem…

ao ver eles tão perto e tão agitados, parei a pintura do barco e fiz um esboço rápido para registrar esses bichos. liberdade para expressar aquilo que acontece.

para mim é um grande desafio mostrar aquilo que faço, seja lá o que for. acostumei a viver dentro de um universo particular, meu, apenas meu. agora desejo expandir, aprender, evoluir, bailar junto. por isso, escrevo neste momento. uma tentativa de expressão e comunicação, contato real, troca verdadeira.

para finalizar o dia de pintura, a última coisa que fiz foi a mão da amanda usando uma luva de frio, a partir de uma foto que ela mandou mais cedo… um inspira o outro e por aí vai…


media: assisti alguns videos do pintor paulo pasta.

paulo pasta – a cor da criação (2016)
paulo pasta – agência fapesp (2016)
paulo pasta – aula sobre giacometti (2020)

final deste mês vou iniciar um curso online com ele via instituto tomie ohtake e gostaria de me inteirar um pouco mais sobre seu pensamento, método e prática. muito bom descobrir um pintor brasileiro com o qual compartilho diversos pontos de vista e referências, principalmente rothko, brice marden, matisse e é claro, volpi! é uma novidade eu pensar em pintura ativamente, querendo discutir métodos de trabalho e trocas com outras pessoas que fazem. eu não sei muito, mas desejo aprender… trocar… às vezes me vem um peso e me sinto atrasado… porém, antes tarde do que nunca. é isso.

desejo registrar firmemente o trabalho do ateliê cafoficina. só o tempo mostrará…