ontem foi a primeira vez que comemos peixe desde que voltamos do acre. como tudo relacionado a viagem, tinha dado uma pausa e apenas deixado reverberar naturalmente. sonhei duas vezes com a língua hãtxa kui e algumas outras que ainda estava na aldeia.
ver os dois peixes que guilherme preparava me levou diretamente aos momentos de refeições lá na aldeia, seguido de diversos outros sentimentos. gui contou que esses peixes eram anchovas — típico do mar aqui do sul. enormes, cheios de carne. pensei que noss@s amig@s de lá admirariam e se deliciariam com enorme banquete. esses dois peixões para nós quatro? uau.
contei para luiza e gui que lá no rio jordão os peixes são pequenos, do tamanho de um palmo de mão e a maioria tem bastante espinho, o que dificultava nosso aproveitamento — principalmente para nós da cidade, sem experiência para driblar as espinhas e chupar a carne do bicho.
vibrei muito e mandei meus bons pensamentos para a aldeia. aqui na cidade realmente temos muitos privilégios que acabamos nos acostumando e não dando o devido valor. agradeço a vida. o peixe. as amizades.
gostaria muito de dividir com amig@s de lá esse banquete preparado por amig@s daqui. um sonho e irei trabalhar para um dia isso acontecer.