quando se compra a passagem, parece que a viagem se torna mais real.
hoje compramos para o acre.
quando se compra a passagem, parece que a viagem se torna mais real.
hoje compramos para o acre.
direção de Eduardo Coutinho.
Não tenho intimidade com a vasta gama dos filmes do Coutinho, mas me sinto pronto e animado para aprofundar em sua cinematografia. Só tinha assistido Cabra Marcado Para Morrer e Jogo de Cena.
O Fim e o Princípio é de uma poesia e maestria impressionantes. A premissa é: fazer um documentário sem planejamento prévio além da escolha da cidade, primeiras noites numa hospedaria e o contato de uma mulher que trabalha na alfabetização e realiza serviço voluntário na comunidade. O filme mostra o desenrolar dessa busca por um filme. Uma das qualidades do cinema é parecer que as coisas simplesmente acontecem — e nesse caso, o fazer cinematógrafico parece tão simples…
Não desejo nem conseguiria fazer jus ao filme em uma pequena descrição, mas fico impressionado com a maneira que os contatos e entrevistas são conduzidos. Uma tentativa de resumir o filme é: a sabedoria da experiência… dos seres humanos, do sertão, do cineasta… e acho que nossa como espectadores também. Eu não tinha capacidade de apreciar esse filme há alguns anos… o filme não é lento, mas antes eu não conseguia escutar com atenção.
(21.07.21)
direção Patrícia Ferreira e Sophia Pinheiro.
foi um desses filmes surpresa de festival que assisti sem saber do que se tratava e que ótima experiência! encontrei ele não lembro onde e imaginei que poderia ser algo bom para compartilhar junto de apanda, pois lí as palavras cineasta e antropóloga na descrição.
o filme mostra a relação entre duas jovens amigas, uma guarani e outra não indígena antropóloga. uma colagem de diferentes encontros em diferentes locações. acompanhamos a relação e a profundidade que aumenta a cada encontro, cada qual com suas vulnerabilidades e sensibilidades. o filme se cria nesse contato.
não encontrei link disponível por enquanto.
(19.07.2021)
direção da nadja marin.
tava curioso com esse documentário já faz tempo. sabia da polêmica sobre o plágio escancarado que o filme do padilha fez. ainda não assisti à cópia, então não vou adentrar nisso.
é chocante o abuso do olhar colonizador, inclusive, ou principalmente, em estudos acadêmicos. justamente na área antropológica, da qual tenho tanto afeto. outros tempos, mesmo que tão recentes. é importante refletirmos e cuidarmos, a história dos yanomami é única, mas a forma colonizadora ronda a todos nós.
link para o filme no canal da diretora: https://vimeo.com/15964569
(17.07.2021)
produção do canal australiano ABC sobre o absurdo desmatamento acelerado na Amazônia. alta qualidade jornalística, cheio de cenas chocantes de desmatamento, dá um certo aperto no coração ver algumas áreas totalmente destruídas pela força humana.
eu não tenho repertório sobre a amazônia, mas me choca encontrar material de tanta qualidade apenas em reportagens de outros países. ainda bem que existem… deve existir conteúdo produzido aqui, irei caçar!
link para o documentário no canal da ABC: https://www.youtube.com/watch?v=A84N89Krqro
(17.07.2021)
direção: Siã Huni Kuin, Isaka Huni Kuin, Zezinho Yube
produção da saci filmes — produtora acreana da qual comecei a admirar pela qualidade incrível de material produzido: as séries nokun txai e o olhar vem de dentro.
documentário sobre Bimi, a primeira mulher pajé huni kuin com sua própria aldeia. cenas incríveis, mostra a força de vontade da mulher em zelar pela sua comunidade. cenas do cotidiano, desde cozinhar, manejo de algodão, ritual. há sempre uma consciência que da camera presente, inclusive há um diálogo entre os jovens diretores sobre as possibilidades que o cinema e o próprio filme podem trazer.
link para o filme, disponível no canal do instituto maracá: https://www.youtube.com/watch?v=D73UVXVHyFE
(16.07.2021)
apanda me ligou e logo disse: está decidido, vamos ao acre!
o que era faísca, virou fogo.
temos que nos preparar, de diversas/todas as maneiras possíveis.
this afternoon i started some experiments with acrylics. it reminded me of a book that i bought last year but didn’t give an adequate look. i bought it on a sale and didn’t thought much of the book neither the artist — unbeknown to me an incredible one: ana horta!
once again, art gives me wonders.
i started looking with attention to ana horta’s art and it gave me energy, happiness and will to go to work. i searched online for her and discovered that she passed away in a car accident being just 30 years old. that was in 1986. this got me. my high energy got mixed with a kind of melancholy and sadness. i won’t stay down, i want to celebrate an incredible artist and her art.
it will be my next read.
a curious fact was that i just had online class with fernando cocchiarale (together with anna bella geiger) and there is a small text by him in ana’s book.
received the oil paints. did some hands with colored pencils.
06h26 the world is ending… we’ll keep on going.
05h06 had an incredible cinematic dream. i’ve been up for almost an hour. bought oil paints online for the first time (joules&joules).
apanda read us