08.i.2022

são 02h41. estou acordado pois jantei pesado. valeu a pena. desenhei um pouquinho. agora fico olhando imagens. um mar infinito de bits imagéticos. não se chegará a lugar nenhum, apenas há o movimento de navegação. mesmo tendo acesso ao mundo conectado, me pergunto por que a maioria das imagens que vejo vem: primeiro dos estados unidos, 2° brasil e depois da europa? se o que vejo me é dado por algoritmos, cadê pinturas e fotos da america latina? do oriente médio? será que é por causa do idioma de uso? é presente e problema ter acesso a tudo o tempo todo. ter esse blog é uma forma de lidar com esse universo digital de uma maneira ativa, ao invés apenas de mexer dedos da mão direita e despertar por causa do brilho da tela e o infinito feed de novidades. há tempos um pensamento acompanha: não simpatizo com o imediatismo. a mais nova antiga novidade. o tempo do agora conectado. como lidar? ao final de contas, o que importa(va) é como viver bem? como viver bem junt@s? tudo é subjetivo, mas a saúde deveria tomar atenção primária. saúde pessoal, comunitária, planetária. menos eu, mais nós. penso nisso e também penso que absurdo a vida é. mal lido com minhas próprias emoções e fico pensando em bem-estar coletivo. os pássaros me entendem, mas não só de pássaro se vive. eu não sou, nem quero ser bernardo de manoel. escrevi isso em doze minutos. 02h53.


08h17 por causa da trilha do max richter, irei ler orlando da virgina woolf.


(podcast) viviane mosé – o desabamento da civilização — convesas para abrir caminhos (2020)


0h03 fomos a medford em missão: roupa mãe/livraria/buscar mama shasta/almoçar/trocar sapato/comprar mala/comprar sapato/buscar encomendas dos camaradas/retorno.

preparação para partir, um certo senso de fechamento.