30.09.21

22h52
mesmo com sono, escrevei.

sinto que ainda não usei todo o tempo possível para o trabalho: me peguei algumas vezes divagando no celular. já diminuí bem o tempo que sinto como disperdiçado, mas ainda não está bom.

fiz alguns experimentos com o poema “Mãos Dadas”. é curioso como sinto dificuldade em soltar a mão e encontrar um caminho para desenhar a escrita. o tempo todo fico pensando: simplifique, simplefique!

fiz alguns desenhos de dois novos vasinhos e pratiquei alguns figurativos enquanto escutava conversas de tal r e luc tuymans. de professores, estou bem. agora o que preciso é prática.

chegou o primeiro livro da ana prata e fiquei chocado com os quadros mais antigos dela. figuração muito interessante, dá pra ver que são baseados em fotografias — bem diferentes dos trabalhos dos últimos anos, que estou um pouquinho mais familiarizado. consigo admirar os antigos, ainda mais sabendo que foram o caminho para fazê-la chegar aonde está. pintura é tão bom, dá para navegar e apreciar todas as variações e possibilidades.

para fechar a noite, assisti a primeira aula do curso como descolonizar o mundo 24/7, da luisa duarte. reflexões para os nossos tempos, um misto de bom e choque, vontades e repulsas. entusiasmo e cansaço. vida atual.
ela e alyne costa são duas grandes referências para refletir sobre os tempos atuais. recomendo suas ideias.

começou a chover agora pouco junto com um vento forte. o som está sinfonia para o sono.

retorno do acre — primeira semana no cafofo

30.09.21

29.09.21

28.09.21

27.09.21

  • Manuela Carneiro da Cunha – Live Ubu 5 Anos (2021)
    Grande mestre e professora, referência máxima nos direitos dos povos indígenas brasileiros. Grande inspiração, a escuto, aprendo e lamento com o as barbaridades que a espécie humana lida consigo mesma. Sou grato e celebro o trabalho da professora Manuela.

26.09.21

  • Bruno Dunley, Ana Prata, Leda Catunda, Rodrigo Andrade, Cadu e +1 – Outra conversa – no livro do Bruno Dunley
    Tão bom acompanhar conversas sobre pintura com pintores. Sem nenhuma referência, visualmente suas telas já me atraíam porém ao ler as conversas no livro, percebi que seu trabalho tem uma pesquisa muito mais profunda que eu nem imaginava. Acredito que eu não tinha repertório suficiente para perceber essa profundidade — e digo isso sem nenhum problema, pois aquilo que era bom ficou melhor ainda.

    Descobrir mais sobre os caminhos da produção e pesquisa de uma obra expandem as possibilidades de apreciação.
    Sinto que é um movimento normal: quão mais se estuda, maiores as possibilidades de troca.

    O conhecimento expande a possibilidade de contato — e o movimento é sempre múltiplo — da obra para mim, de mim para a obra, da presença entre nós.

    Há alguns anos, eu vivia com o preconceito ingênuo/ignorante: artista bom são apenas os mestres das gerações passadas. Ideia tão pequenina que me fechou diversas possibilidades. Hoje continuo a admirar e aprender com os antigos, mas celebro a produção de obras do nosso tempo.
  • Paulo Pasta – Bate-Papo (2021)
    Segunda live que assisto desse canal. Que boa surpresa! Sinto que o Paulo Pasta, mesmo com toda sua erudição, é um guia para a pintura. É sempre um prazer escutá-lo, traz uma força inspiradora para seguir.

25.09.21

  • Spring Cannot Be Cancelled (2021) by David Hockney and Martin Gayford
    Just finished this book. It is a delight to read Hockney’s words and thoughts. Inevitable not to hear his voice while reading his dialogues. With him, i always get inspired about art and life, being present and working.
    I also get inspired about working with different mediums, including digital. The pleasure of seeing and creating art.
  • David Hockney – Picasso: Important Paintings of the 1960s – Guggenheim Audio Archive – 1984
    arrived at this talk because it is referenced in hockney’s book. amazing lecture about picasso and his ways of creating. to listen to an artist talk about another artist is pure pleasure. even more hockney about picasso.
  • John Richardson – Picassso: Catch in the Late Work – 1984
    well, arrived at this talk because of the other talk… it ain’t never enough to listen to anyone that was close to picasso. i yet didn’t read richardson’s picasso’s biography, but someday i shall.
  • Jack Whitten – Modern Art Notes Podcast – 2013
    i’m just starting to learn more about jack whitten. i’m impressed by the range of his work and i’ll surely study more about his life and methods. my desire is to celebrate all artists whose devotion to creation made me enlarge my own world view. he is one of the boys — to use an expression i’ve seen whitten refer to.
  • Sergio Fingermann – Aula Inaugural – Curso
    Acompanho as lives sobre arte e artistas do Sergio Fingermann. Sei da importância desse professor para divers@s artistas do circuito paulista. Resolvi me inscrever para o curso online que ele vem trabalhando. Acredito que o conteúdo em si do curso pode ser valioso, mas não tenho muita paciência para os encontros digitais via zoom. Principalmente quando há muitas pessoas. Há sempre aquelas que desejam se expressar excessivamente, as vezes mais que o próprio professor. Fico me perguntando se algum dia fui assim e infelizmente acredito que sim. Aprendo muito com os outros. Decido ficar calado. Na segunda será liberado o primeiro módulo e terei a oportunidade de decidir se continuo ou não com o curso. O investimento é alto para o meu atual momento, então precisa ser algo que realmente acredito no valor.

24.09.21

09h25 tentarei fazer algo novo. estou escrevendo offline e em algum momento quando conectar, esses novos textos irão para o blog.

23.09.2021

  • Henfil (2017) direção:
    cheguei nesse documentário sem muito conhecer o henfil. ví algumas tiras dele em alguns livros do pasquim e compilados de humor, além de saber que na biblioteca do centro cultural, há uma seção com seu nome.
    Gostei de descobrir um pouco mais sobre alguém que marcou outra geração brasileira. A importância da alegria – e sua busca. Henfil experimentava e brincava com os meios, o importante era a transmissão de pensamentos e ideias.

  • Jed Perl on Calder+ Jo Steffens (e318) – The Modern Art Podcast – 2017
    Arrumar o cafofo escutando podcast de arte é uma das alegrias da vida. Jed Perl escreveu uma gigante e pesada biografia sobre o Calder em dois volumes. Algum dia irei lê-la. Enquanto isso, escuto algumas pérolas sobre esse artista da leveza e alegria.

22.09.2021

  • Ana Prata – Bate-papo (2021)
    É um deleite escutar uma conversa sobre pintura em português. Venho descobrindo o trabalho da Ana Prata e escutá-la tão eloquente sobre seu trabalho me inspira a querer pintar e pintar. Acredito que o sinto ao ver suas pinturas é uma sensação na mesma direção que alguém contemporâneo de Matisse sentia ao ver suas novas pinturas: suspensão, encanto, alegria. Isso, eu com toda minha ingenuidade, afirmo.
    É a primeira conversa que assisto desse canal de advocacia (!) que tem outros pintores e artistas de outras áreas. Simpatizo com a arte se esparramando, traz novos ares e perspectivas.
  • Francis Picabia – The Modern Art Podcast – 2017
    inspiração

  • (d) Gary Hume // Tracey Emin – The Eye (2004)

  • Terry Winters – Notes on Drawing – The Menil Collection – 2018
    As possibilidades do desenho.

29.09.2021

26.ix.2021

hoje fiz um experimento com tinta a óleo. não estou acostumado com toda a nova dinâmica que a tinta traz — preparações, mediums e papéis para limpeza — mas consigo perceber as boas possibilidades da tinta em relação a textura e mistura de cores.
é uma delícia pintar. há tanto que aprender que não há tempo a perder!

comida: peixe

ontem foi a primeira vez que comemos peixe desde que voltamos do acre. como tudo relacionado a viagem, tinha dado uma pausa e apenas deixado reverberar naturalmente. sonhei duas vezes com a língua hãtxa kui e algumas outras que ainda estava na aldeia.

ver os dois peixes que guilherme preparava me levou diretamente aos momentos de refeições lá na aldeia, seguido de diversos outros sentimentos. gui contou que esses peixes eram anchovas — típico do mar aqui do sul. enormes, cheios de carne. pensei que noss@s amig@s de lá admirariam e se deliciariam com enorme banquete. esses dois peixões para nós quatro? uau.

contei para luiza e gui que lá no rio jordão os peixes são pequenos, do tamanho de um palmo de mão e a maioria tem bastante espinho, o que dificultava nosso aproveitamento — principalmente para nós da cidade, sem experiência para driblar as espinhas e chupar a carne do bicho.

vibrei muito e mandei meus bons pensamentos para a aldeia. aqui na cidade realmente temos muitos privilégios que acabamos nos acostumando e não dando o devido valor. agradeço a vida. o peixe. as amizades.

gostaria muito de dividir com amig@s de lá esse banquete preparado por amig@s daqui. um sonho e irei trabalhar para um dia isso acontecer.