29.04.2021

  • pela manhã caminhei pela osni ortiga. fazia um tempo que não animava para uma caminhada aqui em floripa… muito bom receber sol e ar livre, mas me incomoda tantas pessoas não usarem máscara em lugares públicos. teve um senhor que caminhava na contramão, sem máscara e ainda fazia questão de não ir para o lado correto enquanto encontrava com outros pedestres, eu inclusive. é pequeno, mas no momento parece que esse ser representa todos os males do planeta. respirar fundo e deixar pra lá… retornar a atenção para o que importa.
  • podcast mundaréu — conferências da 32ª RBA — Joênia Wapichana e Manuela Carneiro da Cunha
    primeira vez que escuto a voz dessas duas mulheres poderosas.
    é espantoso saber o que acontece ainda hoje com as políticas públicas relacionadas aos povos nativos no território brasileiro. sinto uma mistura de aperto e raiva…


  • sempre aquela sabedoria: não quero chegar a nenhum lugar, pois o presente está presente.
  • eu caminhava em direção a casa de AN quando ví uma criança atravessando a praça. ela disse para outras com um sorriso no rosto: “nem escutei vocês, ahhhhh que pena!” todas riram juntas.
  • fazer, mostrar e fazer de novo.
  • aula t. mesquita sobre yves klein
  • making of the documentary human — such an amazing and inspiring project.

fins de abril 2021

28.04.2021

  • visita tucanos pela manhã
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  • finalmente encontrei uma pena de anu.
  • porém perdi meu óculos.
  • curso da bárbara salomé: nossos fantasmas // a infância // manoel de barros

é lua cheia de wesak de 2021. o tempo passou e nem percebi…


27.08.04

  • criação do portfolio virtual com algumas pinturas desse ano… e aquele peso de rever obras antigas na tela digital.
  • www.abegaleria.art

anotações dessa semana

11.04.2021 06h35

  • aceleração necessária para realizar tudo aquilo que se deseja.
  • ontem assisti aos dois primeiros episódios da série nokun txai – nossos txai, da produtora saci filmes. (livre para download aqui ou na amazon prime)
    fiquei extremamente tocado com a realidade de uma etnia que não conhecia, os Kuntanawa. o casal de anciões que os primeiros episódios apresentam são inspiradores por sua resistência e história de vida.
    vem sempre um mau estar quando aprendo sobre os abusos que a sociedade é capaz de gerar — ainda mais quando tão recentes. dá uma tremida no espírito, mas porque existe, é importante compartilharmos essas histórias.
    gostei muito da qualidade cinematográfica desses dois primeiros episódios, estou curioso para os próximos.

vincent carelli – um novo olhar (2020)

vincent carelli – um novo olhar
live 19.11.2020 CEDIPP – DIVERSITAS FFLCH – ECA / USP

anotações:

  • um novo olhar
  • “ninguém visita impune uma aldeia indígena” – darcy ribeiro citado por carelli
  • não fui para ensinar, fui para aprender
  • alcoolismo e fome
  • sem fartura, não há festa. sem festa, não há sociabilidade.
  • criação CTI – centro de trabalho indigenista
  • é claro que o dinheiro era para financiar festa
  • disputa entre indigenista e antropólogo é um clássico
    35:00
  • ref Andrea Tonnacci
  • os probleminhas de sempre “madeira, ouro, minério”
  • com a camera de video, os índios tomaram a frente
  • Álvoro Tukano — denuncia os salesianos na holanda. muito importante
    41:30
  • “uma camera na mão e nenhuma ideia na cabeça” — vincent carelli — jogo com a célebre frase do glauber rocha.
  • inspiração na escola do jean rouch — ateliers varan — irmãos blanchet
  • aprendizado coletivo: assistir juntos o que cada um filmou, aprendendo com acertos e erros.
  • competição sadia
  • dinâmica do coletivo
  • não faço roteiro!
  • sou anti-roteiro, anti-cartilha
  • cinema de observação
  • desconstrução do modelinho de televisão
  • sem entrevista
  • um pouco coutinho, você vai na onda da pessoa
  • a escuta
  • o roteiro é negativo no processo de cinema mais direto
  • o imprevisto é sempre mais genial
  • atenção, observação, paciência
  • é proibido zoom e tripé
  • você quer um close, chegue mais perto. tem que construir a relação
  • só com essas orientações básicas, a coisa acontece
  • o filme se faz com a sinergia coletiva
  • muito jogo de cintura, muita diplomacia
  • questão de dinheiro sempre aparece, mas a grande virada é sempre o primeiro filme
  • digital melhorou muito. montar, traduzir e exibir na aldeia
    53:00
  • o grande segredo é a forma como você se coloca na aldeia
  • a cartilha é essa, o resto eles dão
  • se você estiver escuta e dar corda, é fantástico
    1h08m00
  • meu sonho é ter um arquivo e dar uma senha para cada etnia.
    1h21m00
  • infelizmente não podemos confiar em organizações governamentais nesse país
    1h28m
  • eu pensei que não tinha pior condição que os guaraní-kayowaa. porém Ujire é um soco no estômago.
    1h31m
  • evangelicos…
  • é tudo reflexo dessa nossa crise civilizatória, desse capitalismo selvagem
  • acolhimento: as religiões vivem disso. a esquerda não disponibiliza isso.
  • ficção para indígenas: experimento segredos da mata — parece um teatro japonês
    1h36m
  • sobre filme huni kuin
  • cada aldeia é um centro de mundo — frase de vincent que virou o título do arquivo, sugerido por marilia librandi
  • sergio bairon: teorizar e ir ao campo não dá! tem que emergir e construir as questões centrais juntos. inclusive em função deles, dos nossos parceiros e companheiros de pesquisa.

07.04.2021 – noite

aproveitar o tempo para existir. isso é sagrado.

saber aceitar: o que é e quem sou.

terminar aquilo que se começa, mesmo que pequeno.


sempre há muitas coisas acontecendo.

capacidades

o que conseguimos fazer com nossas próprias faculdades?
assumir tudo o que somos, podemos e desejamos.
trabalhar com as limitações que a experiência traz.
metamorfosear.

incapacibilidades transformadas em combustível para produção.